Tabela acima mostra valores de verbas publicitárias concedidas à Globo, SBT e Record entre os anos 2000-2014
Antes de acompanhar minha análise, leia o seguinte trecho de um texto publicado pelo Portal UOL, hoje (29): www.blogaudienciadatv.blogspot.com
Todas as 4 maiores emissoras de TV aberta enfrentaram quedas de audiência ao longo dos últimos anos. Essa menor presença nas casas das pessoas, entretanto, nem sempre está refletida em menos verbas publicitárias federais.
A Record, por exemplo, recebeu uma verba de R$ 264 milhões em 2014 contra R$ 244 milhões em 2013 (aumento de 8,4%), apesar da queda da audiência da emissora de um ano para o outro (de 4,5 para 4,2 pontos no Ibope, das 6h à 0h).
Já o SBT, terceira TV aberta no Brasil (cuja audiência ficou quase estável, variando de 4,5 para 4,4 pontos no Ibope, de 2013 para 2014), registrou uma queda no faturamento de publicidade estatal federal: saiu de R$ 182 milhões para R$ 162 milhões.
Creio que o autor do texto acima se esqueceu de algumas coisas, que pontuo a seguir.
Apesar de possuir audiências muito parecidas, a Record ainda continua abocanhando maior verba publicitária do Governo Federal porque PRODUZ MAIS conteúdo nacional. Aos que reclamam de parcialidade – se é que algum ser pensante possa ser imparcial – eu convido para que façam uma análise mínima na grade das duas redes SEM PAIXÃO.
A grande diferença de audiência entre Record e SBT se dá na madrugada, período pouco atrativo para o mercado publicitário, onde a primeira praticamente zera com programas religiosos e a segunda exibe shows, jornalísticos inéditos e reprisados e séries. Com isso, a rede de Silvio Santos mantém números razoáveis para o horário.
Na média-dia do IBOPE é onde a Record, assim como a Globo, leva mais vantagem, já que exibe a maior parte de seu plantel neste espaço de tempo. Por isso mesmo fatura mais, porque durante o período que vai das 7 até à meia-noite, tem mais atrações a oferecer.
Já disse e repito…
Ao SBT falta entender que, mais importante do que ser vice-líder, é preciso ter uma variedade de produtos disponíveis para serem vendidos ao governo e para o mercado como um todo.